Análise e Opinião

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Bolsa brasileira versus bolsa americana

Por
Romero Oliveira

Em minha primeira participação como colunista da VAI Investir – artigo Copo meio cheio – busquei trazer uma visão mais otimista frente ao péssimo ano da bolsa brasileira em 2022. Acumulamos uma queda de 11,8%, ficando entre as piores bolsas do mundo em 2021.

Por outro lado, ao analisar o lucro das empresas, ficava claro que a perspectiva não era nem de perto o que os preços refletiam, podendo se desenhar uma janela de oportunidade na bolsa, visto que os ativos ficaram mais baratos.

Enquanto isso, as bolsas americanas, bolsas europeias, asiáticas e até mesmo de outros países emergentes surfaram a onda de liquidez e otimismo global fechando o ano próximo das suas máximas históricas.

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O mês de janeiro corroborou a existência de um exagero nos preços até então praticados em uma parcela significativa das ações da bolsa brasileira. Enquanto as bolsas americanas registraram o pior janeiro desde a crise de 2008, a bolsa Brasileira entregou 6,98% de performance, capitaneada por commodities e bluechips em geral, sendo uma das bolsas que mais se apreciaram no mês. Além disso, o dólar, que fechou dezembro na faixa dos R$ 5,57 agora negocia próximo de R$ 5,30.

Via de regra, quando as bolsas pelo mundo vão mal, como aconteceu mês passado, países emergentes como o Brasil, em geral, tendem a seguir de perto essa performance.

Contudo, os preços estavam tão depreciados e os investidores estrangeiros preocupados com a perspectiva de inflação e juros mais altos, que a busca por proteção foi ao encontro das commodities.

E qual é a melhor bolsa do mundo para se comprar commodities?

Ora, temos empresas do setor de petróleo, minério, celulose, proteína e commodities agrícolas.

Durante o mês de janeiro foi registrada uma entrada de aproximadamente R$ 28,1 bilhões na bolsa brasileira proveniente de investidores estrangeiro, após um mês forte de dezembro onde foi registrado R$ 14,5 bilhões.