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Entenda as principais diferenças entre CDB e CDI

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Existem tantas siglas no mercado de investimentos que é muito comum surgirem dúvidas e confusões em relação a elas, principalmente para quem ainda está aprendendo mais sobre esse meio. Entre as principais sopa de letras quando se fala em renda fixa são os Certificados de Depósito Bancário (CDB) e os Certificados de Depósito Interbancário (CDI).

O CDI é um título de curtíssimo prazo emitido pelos bancos. Em algum grau, ele se assemelha ao CDB. Isso porque o CDI também é usado pelas instituições para captar recursos. Entender o mecanismo deles é fundamental para qualquer investidor, uma vez que só com bons conhecimentos sobre o mercado financeiro que se consegue analisar os títulos e suas rentabilidades e avaliar se eles são condizentes com os objetivos que foram traçados.

Pensando nisso, resolvemos elaborar este artigo e explicar quais são as diferenças, como funcionam e como esses dois termos se relacionam. Confira!

Sumário

O que significam CDB e CDI

Como eles funcionam

Como o CDB e o CDI se relacionam

Como o CDI afeta os investimentos

O que significa render 100% do CDI?

Rendimento histórico do CDI

Tesouro Direto como opção

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O que significam CDB e CDI

Apesar de terem as letras bem parecidas, CDB e CDI são coisas distintas, mas muito importantes escolher um investimento. Nos tópicos a seguir, explicamos com detalhes esses conceitos.

O que é CDB

CBD é a sigla para Certificado de Depósito Bancário. Apesar de o nome parecer um pouco complexo, o conceito é bem simples: nessa modalidade, é como se o investidor fizesse um empréstimo para o banco, recebendo juros de volta por isso. A instituição geralmente utiliza esse dinheiro para emprestar a outras pessoas com juros mais altos.

O que é CDI

Já o CDI se trata do Certificado de Depósito Interbancário. Aqui, o empréstimo é feito entre bancos, como o próprio nome sugere. Ele é muito utilizado por instituições que precisam de capital imediato para a reposição do caixa, o que é feito com a ajuda de outra que tem reserva disponível para o empréstimo.

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Como eles funcionam

Agora que você já entende qual é o conceito de CDB e CDI, já consegue entender que eles funcionam de formas diferentes na prática, certo? Porém, isso não diz respeito apenas ao tipo de transação que é realizada. Saiba mais a seguir.

O CDB

No CDB, o investidor escolhe um banco ou uma corretora de investimentos e abre uma conta. Feito isso, ele seleciona os títulos mais adequados aos seus objetivos e necessidades e realiza um depósito — chamado de aporte — inicial, referente ao valor da aplicação.

No vencimento do título adquirido, recebe-se todo o valor aplicado de volta, somado aos juros do rendimento no período. Entretanto, há o abatimento do imposto de renda, que pode variar entre 15% e 22,5% — quanto maior o prazo, menor o desconto.

Caso o investimento dure menos de 30 dias, também é feito o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) com base nos rendimentos. Essa taxa é mais agressiva e pode levar uma fatia grande da rentabilidade se o título é resgatado antes da hora.

O CDI

O CDI não está disponível para pessoas físicas investirem, apenas para os bancos. Ele existe para que eles fechem o dia com o saldo positivo — uma regra do Banco Central. Assim, sempre que uma instituição encerra com o saldo negativo, outra que apresentar superávit envia o valor necessário para cobrir o prejuízo.

Para que isso aconteça, existem situações em que empréstimos são solicitados para outras instituições e eles são realizados de acordo com o CDI. Por isso, ele não pode ser considerado um investimento, mas sim uma taxa referencial, assim como a SELIC.

Como o CDB e o CDI se relacionam

A taxa do CDI é a principal referência para diversos tipos de investimentos em renda fixa. Assim, instituições e bancos oferecem títulos e a utilizam para estabelecer a rentabilidade que os investidores têm ao adquiri-los. Esse é o caso do CDB e também das LCIs, LCAs e algumas debêntures, por exemplo.

Se você fizer uma pesquisa, verá ofertas como:

  • LCA a 95% do CDI com prazo de 1 ano;
  • CDB a 100% do CDI com liquidez diária.

Isso significa que, com o CDI a 6,4% ao ano, a LCA renderia 6,08% e o CDB os mesmos 6,4%.

Sempre que o CDI sofrer qualquer variação, os investimentos atrelados a ele também serão impactados. Ou seja, se o referencial diminui, a rentabilidade dos títulos baseados nele também será menor. Por isso, pode-se dizer que a relação entre essas duas siglas é direta.

Por isso, para que o investidor consiga garantir bons investimentos em renda fixa, precisa acompanhar o mercado financeiro e conhecer o índice do CDI. Só assim é possível avaliar a rentabilidade que o título oferece e se ele é vantajoso.

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Como o CDI afeta os investimentos

A taxa do CDI é a principal referência de rentabilidade para os investimentos de renda fixa. Muitos são atrelados a esse indicador, e outros tantos o utilizam como benchmark – ou seja, como meta de desempenho. Há, inclusive, aplicações de outras categorias que fazem isso. É o caso de alguns fundos multimercados.

O que acontece, portanto, quando a taxa do CDI cai? De modo geral, as aplicações atreladas ao indicador acabam rendendo menos. O contrário acontece se a taxa do CDI sobe em determinado período. E mesmo no caso dos investimentos não atrelados diretamente ao CDI, a variação da taxa também pode ocasionar efeitos indiretos.

O que significa render 100% do CDI?

Muitos investimentos oferecem remuneração atrelada à taxa DI. Normalmente, ela é expressa como um percentual. Quando se afirma que um CDB (ou uma LCI, uma debênture ou a aplicação que for) oferece 100% do CDI, significa dizer que ele assegurará ao investidor um retorno equivalente à taxa média integral dos empréstimos realizados entre os bancos.

Se, por outro lado, o CDB oferecesse 80% do CDI, o investidor teria como remuneração apenas uma parte da taxa DI – no caso, de 80%. Mas, nas duas situações, há algo em comum. Se a taxa DI subir durante o período do investimento, o retorno final para o investidor também aumentará. Se cair, o retorno será menor.

Investimentos que adotam esse formato de remuneração são chamados de pós-fixados. Isso porque embora o investidor saiba desde o início que indicador servirá de referência (o CDI), não tem certeza sobre qual será o retorno efetivo. Ele dependerá da dinâmica de variações da taxa DI ao longo do período da aplicação.

Uma outra forma de remuneração de investimentos pós-fixados é a fórmula “CDI mais spread”. Nesse caso, o retorno da aplicação é igual à taxa DI mais uma outra taxa de juros – de 1% ou 2% ao ano, por exemplo.

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Rendimento histórico do CDI

Nos últimos anos, com a queda dos juros básicos da economia brasileira ao menor patamar da história, a taxa do CDI também diminuiu. Muita gente ainda tem uma lembrança vívida dos tempos em que as aplicações de renda fixa rendiam 1% ao mês, sem muito esforço. Esse cenário mudou.

Ao longo de 2019, por exemplo, a taxa do CDI ficou abaixo de 0,60% em todos os meses do ano (em alguns, não chegou nem a 0,40%). O gráfico abaixo demonstra o rendimento mensal do CDI nos últimos anos, mês a mês. Confira:

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Fonte: Ipeadata e Infomoney

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Tesouro Direto como opção

Se você quer investir em renda fixa e diversificar sem adquirir títulos ligados ao CDI, pode optar pelo Tesouro Direto. Nesse caso, você empresta o seu dinheiro para o Governo, que vai devolvê-lo depois de certo tempo com correção de juros.

Ambas as opções tanto o CDB quanto o Tesouro Direto são tão seguras quanto a poupança, mas apresentam uma rentabilidade mais satisfatória.

Outra grande vantagem do Tesouro Direto é que, com o Tesouro Selic, por exemplo, a liquidez é diária, o que significa que ele rende diariamente e você pode sacar o valor a qualquer momento. Isso o torna uma excelente opção para a formação de uma reserva de emergência.

Isso sem contar as outras modalidades disponíveis no Tesouro Direto, que podem atender a objetivos e necessidades diferentes, como a aposentadoria, a faculdade dos filhos e uma viagem no médio prazo. Em alguns casos, a rentabilidade está atrelada à inflação (o que é ótimo para as aplicações de longo prazo, evitando que o investidor “perca dinheiro” ao término do prazo.

Como você pôde ver, CDB e CDI são duas coisas distintas, mas que estão diretamente ligadas, visto que o segundo determina a rentabilidade de títulos do primeiro. Estudar o mercado e acompanhar as tendências é uma tarefa que faz parte da rotina de todo investidor, principalmente porque é isso que contribui para a realização de bons aportes e uma rentabilidade satisfatória, levando em conta o perfil de tolerância aos riscos.

O que achou deste artigo? Ficou mais claro do que se tratam o CDB e CDI e a relação entre eles? Aproveite para conferir outros posts em que explicamos em detalhes:

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