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Commodities e agronegócio: 8 empresas de destaque na B3.

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O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de commodities do planeta. Não é por acaso que a bolsa de valores brasileira é fortemente impactada com as oscilações de preço das commodities no cenário internacional.

Contudo, é comum haver expectativas de crescimento nesse setor, mesmo quando a economia mundial entra em crise. Dessa forma, muitos investidores ficam atentos às oportunidades que surgem – especialmente em relação às companhias brasileiras.

Portanto, se você quer investir em commodities e agronegócio no Brasil, conheça as 8 empresas de destaque listadas na B3 (bolsa de valores brasileira). Neste artigo você verá:

O que são commodities?

Quais são os principais tipos de commodities?

8 Empresas de commodities e agronegócio que são destaque na bolsa brasileira

Como ter acesso às ações dessas companhias?

 

O que são commodities?

Commodities é o termo utilizado para designar produtos utilizados como matéria-prima. Nesse conceito estão incluídos produtos vendidos com pouca ou nenhuma transformação. Também estão inclusos aqueles que podem ser produzidos e estocados em grande escala sem perder qualidade.

Além disso, algumas outras características também podem ser observadas para definir as commodities, como:

  • produto com relevância mundial;
  • alto nível de comercialização;
  • pouca industrialização;
  • qualidade padronizada;
  • sem diferenças entre marcas.

Quais são os principais tipos de commodities?

Apesar de muitos produtos se encaixarem nas características apresentadas, as principais commodities negociadas são:

  • agrícolas: dizem respeito aos produtos vinculados ao agronegócio (por exemplo, café, milho, soja e açúcar);
  • ambientais: bens relacionados ao meio ambiente, utilizados para produção agrícola e industrial (por exemplo, madeira, água e energia);
  • minerais: referem-se aos recursos minerais que são extraídos ou produzidos (por exemplo, ouro, prata, alumínio e petróleo)
  • financeiras: perfazem os títulos públicos e moedas estrangeiras (por exemplo, títulos do Tesouro, dólar e euro).

O Brasil é fonte de muitas das commodities apresentadas. Por isso, diversas empresas listadas na bolsa possuem relação com esse setor. As mineradoras, siderúrgicas e empresas alimentícias estão entre as mais lucrativas no mercado brasileiro.

Ademais, como são produtos produzidos em larga escala e com grande variação de preços, as commodities acabam sendo vistas como investimento. E uma das formas de investir neste setor é por meio da aquisição de ações das empresas que atuam com commodities.

8 Empresas de commodities e agronegócio que são destaque na bolsa brasileira

Agora que você já aumentou seus conhecimentos sobre o assunto, conheça as empresas que possuem ligação com as commodities e que são destaque na B3!

1. São Martinho (SMTO3)

A São Martinho S.A. está entre os maiores grupos sucroenergéticos do Brasil. Com capacidade de moagem de 24 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, ela é uma referência no setor.

Sua história começa em 1914, quando integrantes da família Ometto montaram um engenho de cana-de-açúcar no Sítio Olaria (SP). Ao longo dos anos a empresa aumentou suas operações ao adquirir a Fazenda Boa Vista (GO), e as Usinas Iracema (SP) e São Martinho (SP).

A partir de fevereiro de 2007, a São Martinho abriu seu capital na B3 e suas ações adotaram o ticker SMTO3. Em abril de 2021, seu valor de mercado ultrapassava os R$ 11 bilhões, possuindo cerca de 354 milhões de ações ordinárias emitidas.

A empresa possuía, em 2021, quatro unidades de operação: 3 delas produzem açúcar e etanol (usinas São Martinho, Santa Cruz e Iracema) e a última dedicada à produção de etanol (usina Boa Vista). Todas geram energia elétrica com a queima do bagaço de cana, sendo autossuficientes.

2. SLC Agrícola (SLCE3)

A SLC Agrícola S.A. é uma das maiores empresas de produção de soja, milho e algodão do mundo. Ela foi uma das primeiras companhias do setor agrícola a ter ações negociadas em bolsa de valores – o que a torna uma referência no seu segmento.

Sua criação se deu em 1977 pelo Grupo SLC (Schneider Logemann & Cia), a partir da aquisição de duas fazendas no Rio Grande do Sul, onde eram plantados soja, milho e trigo. O Grupo SLC atua no agronegócio há 70 anos e pertence a três famílias alemãs – entre elas a família Logemann.

Presente na B3 desde junho de 2007, a SLC Agrícola pode ser negociada pelo ticker SLCE3. Seu valor de mercado é superior aos R$ 9 bilhões (em abril de 2021), possuindo mais de 190 mil ações ordinárias emitidas, sendo que 53% delas pertencem à SLC Participações S.A.

A companhia contava, em maio de 2021, com 16 unidades de produção em 6 estados brasileiros, que totalizaram 448.568 hectares no ano-safra 2019/20 – sendo 125.462 ha de algodão, 235.444 ha de soja, 82.392 ha de milho e 5.270 ha de outras culturas.

3. Minerva (BEEF3)

A Minerva Foods é uma das líderes na América do Sul no que se refere à produção e comercialização de carne in natura e seus derivados, assim como exportação de gado vivo. Além disso, ela atua no processamento de carnes.

Sua origem data o ano de 1924, em Barretos (SP). Durante a década de 1980, a empresa passou por dificuldades e faliu. Em 1992 a família Vilela de Queiroz adquiriu a massa falida da minerva e reestruturou a empresa. Ao longo de décadas, o negócio foi expandido a 9 estados brasileiros,

A Minerva abriu seu capital na B3 em julho de 2007, passando a ter ações negociadas pelo ticker BEEF3. Em 2021, contava com um valor de mercado em torno de R$ 1,7 bilhão, e mais de 500 mil ações ordinárias emitidas, sendo que 33% delas pertencem à empresa Salic (UK) Limited.

A companhia exporta seus produtos para mais de 100 países através de quinze escritórios comerciais. Fora isso, opera 14 centros de distribuição sendo 9 no Brasil, 1 no Paraguai, 1 na Colômbia, 2 no Chile e 1 na Argentina.

4. Vale (VALE3)

A Vale S.A. é a maior produtora mundial de minério de ferro, pelotas e níquel, matérias-primas essenciais para a fabricação do aço. Seu produto é distribuído para diversos países para ser usado na construção de casas, carros, eletrodomésticos e diversos outros produtos.

Ela foi inicialmente criada pelo Decreto-Lei nº 4.352, de 1º de junho de 1942 – de autoria do presidente Getúlio Vargas. Na época, era chamada de Vale do Rio Doce e tinha o objetivo de fornecer minério de ferro para a indústria bélica americana durante a 2ª guerra mundial.

Sua privatização ocorreu em 1996. Listada desde 1968 na B3, é uma das ações mais antigas em negociação, levando o ticker VALE3. Seu valor de mercado, em maio de 2021, excedia os R$ 570 bilhões. Ela contava, no período, com mais de 5 bilhões de ações ordinárias em negociação.

A Vale figura entre as maiores mineradoras globais, com operações em mais de 30 países. Além disso, também atua em logística – com ferrovias, portos e terminais –, bem como em energia e siderurgia.

5. CSN (CSNA3)

A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) é um dos mais eficientes complexos siderúrgicos integrados do mundo. As plantas instaladas em Minas Gerais produzem minério com alto teor de ferro, abastecendo a atividade siderúrgica da companhia e exportando para muitos países.

Criada em abril de 1941, a CSN foi a primeira produtora integrada de aço plano no Brasil, um marco no processo de industrialização do país. Privatizada em 1993, a Companhia vem, desde então, modernizando-se e diversificando sua atuação.

As ações da CSN podem ser adquiridas na B3 sob o ticker CSNA3. Em maio de 2021, seu valor de mercado ultrapassava os R$ 12 bilhões, e contava com mais de 1 bilhão de ações ordinárias emitidas. Na época, tinha como maior acionista a empresa Vicunha Ações S.A., que detém 48,97% de suas ações.

O grupo CSN está presente em 18 estados brasileiros e também atua em dois outros países – Alemanha e Portugal. Além disso, tem atuação nos setores de siderurgia, mineração, logística, cimento e energia.

6. Gerdau (GGBR3 e GGBR4)

A Gerdau S.A. é a maior produtora de aço do Brasil e uma das maiores fornecedoras de aços longos nas Américas e aços especiais no mundo. No país, também produz aços planos, além de minério de ferro para consumo próprio.

Sua origem tem início em Porto Alegre (RS) no ano de 1901, onde a família Gerdau abriu uma fábrica de pregos. No ano de 1948, a companhia comprou a Siderúrgica Riograndense iniciando a produção de aço. Com uma tradição de mais de 100 anos tornou-se uma referência na produção.

A Gerdau é uma empresa de capital aberto desde 1947, e suas ações são negociadas pelo ticker GGBR3 (ações ordinárias) ou GGBR4 (ações preferenciais). Possuía, em maio de 2021, valor de mercado de mais de R$ 52 bilhões e mais de 1,7 bilhão de ações entre ações ordinárias e preferenciais.

Ademais, a Gerdau S.A. é a maior recicladora da América Latina. Sob o compromisso de ser uma empresa com o desenvolvimento sustentável, transforma milhões de toneladas de sucata em diversos produtos de aço.

7. Suzano (SUZB3)

A Suzano Papel e Celulose S.A. é uma das maiores empresas produtoras de celulose do mundo –sendo considerada a maior produtora global de celulose de eucalipto. Além disso, é líder mundial no mercado de papel.

A empresa foi fundada em 1924, na cidade de São Paulo, pelo imigrante ucraniano Leon Feffer. Após décadas de pesquisas, foi iniciada a produção de celulose a partir da fibra de eucalipto. Ao longo do tempo, ganhou espaço no mercado brasileiro e internacional, até se tornar líder em seu segmento.

No ano de 2012, a Suzano realizou sua oferta pública de ações, tendo as ações negociadas sob o ticker SUZB3. Ela contava com um valor de mercado que superava os R$ 91 bilhões (em 2021), e cerca de 1,3 milhões de ações ordinárias emitidas, 27% delas pertencentes à Suzano Holding S.A.

A companhia possui 10 fábricas espalhadas em 7 estados brasileiros. No exterior a empresa mantém escritórios de representação na China e Inglaterra, além de controladoras nos Estados Unidos, Suíça, Argentina e Áustria.

8. Camil (CAML3)

A Camil Alimentos S.A. é uma grande empresa de bens de consumo no setor de alimentos no Brasil e da América do Sul. Suas atividades incluem a industrialização, comercialização e distribuição de grãos (principalmente arroz e feijão), açúcar e pescados enlatados (sardinha e atum).

A empresa foi fundada em 1963, no Rio Grande do Sul. Em 1974 se torna pioneira no setor. Já no ano de 1987 passa a distribuir feijão. A partir de 1990, inicia um processo de aquisição de outras companhias, aumentando a variedade de produtos comercializados, expandindo seu negócio.

Em setembro de 2017 a Camil realizou a abertura seu capital na B3, sendo listada sob o ticker CAML3. Seu valor de mercado girava em torno de R$ 4 bilhões no primeiro semestre de 2021, e possuía 370 milhões de ações ordinárias emitidas, sendo que cerca de 62% delas pertenciam à Camil Investimentos S.A.

Fora isso, a Camil possui 28 unidades de processamento e 16 centros de distribuição na América do Sul. São 14 unidades no Brasil que atendem os segmentos de grãos (12), açúcar (1) e pescados (1). No exterior, a Camil possui 14 plantas para beneficiamento de grãos no Uruguai, no Chile e no Peru.

Como ter acesso às ações dessas companhias?

Agora você já conhece 8 empresas de destaque quando se fala de commodities na bolsa brasileira. O acesso às ações das companhias apresentadas é feito por meio de um home broker: uma plataforma digital disponibilizada por uma corretora de valores.

Ao abrir conta em uma instituição de confiança você acessa o ambiente de negociações da bolsa. Posteriormente, será preciso acessar o home broker disponibilizado. Na sequência, basta digitar o ticker da empresa que você quer comprar.

Como visto, o ticker geralmente é composto por 4 letras e 1 número. Após digitar o código, será necessário preencher a boleta de compra com quantidade de ações que deseja adquirir e o valor disposto a pagar.

Caso tenha algum interessado em vender pelo valor ofertado, a ordem será executada e processada pela própria B3. Dentro de alguns dias úteis a bolsa fará a liquidação do negócio transferindo as ações para sua carteira, e o dinheiro pago ao vendedor.

Agora que você já conhece 8 empresas do setor de commodities na bolsa, não esqueça de tomar as suas decisões de investimento com base no seu perfil de investidor e objetivos. Lembre-se de que não há garantias na renda variável!

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