Análise e Opinião

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Criptomoedas: o que são, como funcionam e como investir?

Por
Virgilio Lage

Muitos investidores já ouviram falar da possibilidade de investir em criptomoedas, mas não sabem como esse mercado funciona. Com a ascensão dos ativos digitais, é comum que surjam curiosidades e dúvidas a respeito do assunto.

Afinal, existem vantagens e riscos envolvidos no investimento em criptomoedas que devem ser conhecidos e analisados. Portanto, para evitar problemas — como golpes, é fundamental saber como comprar criptomoedas com maior segurança institucional.

Neste artigo, você entenderá o que são, como funcionam e como investir em criptomoedas. Continue a leitura e aprenda!

O que são as criptomoedas?

Criptomoedas são moedas que não existem fisicamente, então são criadas e armazenadas por meio da tecnologia. Assim como o dinheiro tradicional, elas podem ser usadas em transações comerciais, mas possuem algumas limitações.

Elas não são geridas por nenhum Banco Central e não pertencem a nenhuma economia nacional. Assim, as criptomoedas são independentes. Logo, não precisam seguir regras de um Governo específico, nem dependem da mediação de instituições bancárias.

Além disso, cada criptomoeda é programada por um código virtual específico, de forma que nenhuma é igual à outra. Para trazer mais segurança, tanto a criação quanto a utilização das moedas acontecem por meio de sistemas computacionais descentralizados em todo o mundo.

Nesse caso, a tecnologia mais utilizada pelas moedas digitais é o blockchain. Ele funciona como um grande livro contábil que registra todas as transações feitas com as criptomoedas e as torna públicas. Esses registros são anônimos, mas contam com transparência e segurança nas negociações.

Existem inúmeras criptomoedas no mercado mundial. Entre elas, estão o bitcoin, ethereum, litecoin, ripple, entre muitas outras alternativas.

Como funcionam?

Como você viu, muitas criptomoedas funcionam por meio da tecnologia blockchain. Elas só existem online e são descentralizadas. Já a cotação desses ativos segue as movimentações do mercado em relação à lei da oferta e procura. Assim, elas se regulam sem controle governamental.

As moedas também proporcionam transações de compra e venda. Inclusive, muitas empresas em todo o mundo já aceitam pagamentos com as moedas virtuais. Também é possível fazer transferências de valores no ambiente online, sem pagar taxas bancárias.

Quais são as vantagens e riscos das criptomoedas?

Se você pensa em investir em criptomoedas, precisa conhecer as vantagens e os riscos desses ativos. Primeiro, é importante entender que elas seguem características comuns às moedas tradicionais, como as oscilações de preço.

São nessas variações que estão as oportunidades para investir ou especular. Como as moedas estão mais expostas à lei da oferta e demanda, é comum observar maiores oscilações. Além disso, os Governos não podem influenciar diretamente os preços por meio de políticas econômicas.

Essa pode ser uma vantagem das criptomoedas para investidores que buscam mais liberdade em relação ao câmbio tradicional. Por isso, o aumento na cotação dos ativos virtuais também tem chamado mais a atenção das pessoas.

Riscos

Com relação aos riscos, é importante ressaltar a alta volatilidade. Assim, embora existam possibilidades elevadas de lucro, existem chances de perdas consideráveis. Portanto, quem quer investir em criptomoedas precisa estar ciente desse fator.

Também é essencial ter cuidado para não cair em golpes. O sucesso dos ativos digitais pode atrair a atenção de pessoas mal-intencionadas, especialmente em países que não têm regulamentação para os criptoativos.

Nesse caso, elas atuam aplicando diferentes golpes, como os que prometem investimento inicial baixo e alta rentabilidade. Por isso, é fundamental conferir que a instituição é sólida, confiável e com bom histórico.

Outro ponto importante trata do armazenamento dos criptoativos. A guarda das moedas digitais é feita por meio de carteiras virtuais. Portanto, é necessário se certificar de que os seus ativos estão seguros contra perdas, fraudes, ataques de hackers e outros problemas.

O mercado de criptoativos

Confira, abaixo, a nossa live em parceira com a Valor Investimentos que foi realizada com o sócio e diretor da asset Hashdex, Stefano Sergole. A Hashdex é uma gestora especializada em criptoativos.

O tema dessa live foi “O mercado de Criptoativos: Alta rentabilidade, Volatilidade e Tecnologia”. Além disso, também foi discutido o primeiro ETF de Criptoativos do Brasil, o HASH11. Para assistir é só clicar na imagem abaixo. Aliás, também é uma boa oportunidade de você se inscrever no canal da Vai Investir no Youtube.

Como investir em criptomoedas?

Agora você sabe mais sobre os ativos digitais. Se fizer sentido para o seu perfil e objetivos, é interessante entender como investir em criptomoedas.

Confira algumas dicas!

Busque investimentos regulamentados

Existem formas regulamentadas de investir em criptomoedas. A primeira delas é por meio dos fundos de investimento que investem indiretamente em ativos digitais no exterior. Em 2018, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou o funcionamento desses fundos.

Assim, eles devem seguir normas do mercado brasileiro, o que pode trazer mais segurança. Afinal, o investidor pode contar com o suporte de uma instituição financeira com credibilidade para intermediar as operações.

Ademais, dependendo da estratégia do fundo, a exposição aos riscos das moedas digitais pode ser menor. Então vale a pena conferir os detalhes do veículo de investimento antes de fazer os aportes.

Outra possibilidade é investir por meio dos ETFs (exchange traded funds) de criptomoedas no Brasil. Os fundos de índice, como também são conhecidos, funcionam de forma parecida com outros fundos de investimento.

A gestão do patrimônio é feita por um profissional e os fundos têm o objetivo de acompanhar ou espelhar um determinado índice de referência. Existem, inclusive, indicadores vinculados aos criptoativos, como é o caso do NCI (Nasdaq Crypto Index).

Em 2021, por exemplo, a CVM autorizou o lançamento do HASH11 — o primeiro ETF de criptomoedas do Brasil. Ele pode ser negociado na bolsa de valores por qualquer investidor. Nesse caso, o objetivo do fundo é obter retornos correspondentes à performance do indicador.

Além dele, existem também outras alternativas de fundos de índice que permitem ao investidor se expor às moedas digitais.

Tenha conta em uma instituição financeira

A compra direta de criptomoedas é feita por meio das exchanges. Essas plataformas digitais funcionam como intermediadoras das transações entre quem deseja comprar e vender os ativos.

As instituições não são regulamentadas no Brasil, o que pode trazer maior insegurança para o investimento. Afinal, isso aumenta a exposição a golpes, o que pode representar um risco maior para os investidores.

Nesse sentido, pode ser mais vantajoso abrir conta em uma instituição financeira regulamentada pela CVM para buscar por alternativas no mercado financeiro. Assim, é possível ter acesso à plataforma de investimento ou ao home broker para fazer suas negociações e acessar fundos e ETFs com exposição aos criptoativos.

Estude as alternativas

Como você viu, existem diferentes alternativas de investimentos que expõem seu patrimônio às criptomoedas. Porém, antes de investir, não deixe de estudar cada uma delas e de considerar o seu perfil de investidor e os seus objetivos.

Desse modo, é possível tomar decisões de investimento mais alinhadas com as suas expectativas e necessidades, além de respeitar a sua tolerância ao risco.

Depois de entender a dinâmica dos ativos digitais, é possível tomar decisões mais seguras ao investir em criptomoedas. Lembre-se também de que todo investimento, especialmente de renda variável, apresenta riscos que devem ser considerados para garantir a melhor escolha.

Ficou com alguma dúvida ou quer saber mais sobre o assunto? Entre em contato conosco!

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