O investidor que fica de olho no mercado de ações está sempre atento às movimentações das empresas, já que isso pode gerar boas oportunidades de investimento, principalmente em um momento em que a economia apresenta sinais de reanimação depois de um longo período de estagnação.
Sinal disso são as constantes operações de follow on realizadas por diversas empresas listadas na bolsa de valores brasileira, fazendo com que elas emitam novas ações no mercado. Pensando nisso, trouxemos a explicação de como esse processo funciona e quais companhias chamaram mais a atenção em suas ofertas. Boa leitura!
O que é follow on e como ele funciona?
De forma resumida, costumamos definir uma operação de follow on como aquela em que uma empresa que já tem capital aberto emite novas ações — elas também são conhecidas como ofertas subsequentes de ações.
É importante não confundir o follow on com a oferta primária de ações, que em inglês é conhecida pela sigla IPO (Initial Public Offer). Essa primeira emissão acontece quando a companhia decide abrir seu capital, quase sempre visando captar recursos para expandir suas atividades. Após esse momento, todas as novas emissões são chamadas de follow on, que podem ser:
- primário – a própria empresa é quem emite e vende as ações, resultando em um aumento de capital social da companhia e na entrada de novos resulto;
- secundário – a venda de ações é feita pelos detentores papéis para que eles lucrem com a negociação e não ocorra mudança no capital da empresa.
Além disso, um follow on pode ter oferta aberta ou restrita. O primeiro tipo tem como alvo os investidores em geral, sem qualquer restrição. Já o segundo, limita-se apenas a investidores qualificados, que são aqueles com mais de R$1 milhão em ativos investidos.
Quais foram algumas das ofertas realizadas em 2019?
O cenário econômico nacional fez com que muitas empresas de capital aberto — incluindo na lista algumas estatais — realizassem ofertas subsequentes de ações nesse ano de 2019, seja para aproveitar o momento de reaquecimento da economia ou para fortalecer o caixa. Dessa forma, indicamos abaixo algumas das ofertas de follow ons do ano passado, acompanhe.
Banco do Brasil
Um dos maiores bancos do país, o BB realizou um follow on este ano por meio de uma oferta secundária. Foram comercializados papéis que até então pertenciam à Caixa Econômica Federal (CEF), por meio do fundo de investimento do FGTS, a seguradora IRB Brasil e ao próprio Banco — com isso, foi possível levantar R$ 5,8 bilhões.
Petrobrás
A petroleira estatal fez duas ofertas subsequentes de grande importância em 2019. A primeira foi feita por meio da Caixa Econômica Federal, que queria se desfazer da participação acionária na empresa. A segunda envolveu uma subsidiária, a BR Distribuidora — essa operação movimentou cerca de R$ 8,5 bilhões.
Helbor
Em busca de recursos para investir em novos terrenos, a incorporadora Helbor também lançou mão de um follow on, dessa vez primário. Ou seja, a empresa emitiu novos papéis, e com isso, ela movimentou R$ 560 milhões e ampliou o tamanho do seu capital social.
Trisul
O follow on da construtora Trisul chamou a atenção pela procura, que chegou a ser de até 4 vezes maior que o esperado. Com o preço inicial da ação de R$ 10, a empresa arrecadou R$ 405 milhões, a serem empregados em novos projetos imobiliários.
Localiza
Diante da concorrência acirrada, a locadora de carros Localiza também foi ao mercado em busca de recursos por meio de um follow on. Logo no começo de 2019, a empresa conseguiu movimentar, aproximadamente, R$ 1,8 bilhão para investir em melhorias e reforçar o capital de giro.
Na maior parte dos cenários, um follow on é sempre uma boa oportunidade para investidores, que podem tanto se aproveitar da operação para aquirir papéis de empresas com expectativa de expensão quanto para lucrar com a venda de ações, no caso de operações subsequentes secundárias. Por isso, vale a pena ficar atento às movimentações do mercado.
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