Uma alternativa de diversificação no mercado financeiro são os fundos de investimentos imobiliários, também chamados de FIIs. Para ajudar a orientar os investidores interessados, existe o IFIX, ou seja, o índice usado como parâmetro para medir o desempenho de fundos imobiliários.
Dessa forma, é possível ter uma base de avaliação de oportunidades, considerando os humores do mercado imobiliário por meio desse indicador. Mas como exatamente funciona o IFIX e o que você deve fazer para expor seus investimentos a esse índice?
Se quer saber mais sobre o principal indicador de fundos imobiliários da bolsa de valores, continue a leitura. A seguir, você descobrirá: como o IFIX é calculado, por que ele pode ser importante para sua carteira e como é possível ter retorno sobre o índice.
Afinal, o que é o IFIX?
Como esse índice funciona?
Critério de seleção de fundos
Critério de ponderação
Qual é a composição do IFIX?
Por que o IFIX é importante?
Como se expor ao IFIX?
Afinal, o que é o IFIX?
Assim como outros índices da bolsa de valores (como IBOV, SMLL, IDIV etc.), o IFIX se trata de uma carteira teórica. Ela é composta pelos principais FIIs negociados. Dessa forma, o indicador faz um cálculo médio da performance geral do mercado, o que contribui para estratégias de investimento.
Criado em 2012, o IFIX nasceu com o propósito de servir de parâmetro para o setor — e se transformou na principal referência para FIIs. Embora os fundos de investimento imobiliários já fossem populares, não havia, até então, um benchmark. Veja, abaixo, a performance do IFIX nos últimos 5 anos e o rendimento (em amarelo) obtido.
Hoje, graças ao IFIX, é mais fácil diversificar investimentos considerando a alocação tática de recursos em FIIs. Além disso, o amadurecimento do mercado, desde o surgimento do indicador, criou meios para que os investidores pudessem expor indiretamente seu capital aos resultados do índice.
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Como esse índice funciona?
Os fundos que compõem o IFIX são selecionados pela B3, a bolsa brasileira, segundo critérios específicos. E a carteira é rebalanceada a cada quatro meses. Essa atualização oferece ao investidor uma perspectiva confiável.
Ela parte de um método de observação que analisa todo o mercado de investimentos imobiliários. Desse modo, os fundos do IFIX não apenas cumprem requisitos invariáveis, mas também têm seu valor medido em relação à própria carteira.
Isso determina a relevância de um FII tanto no índice quanto no mercado, dentro daquele período de avaliação. A seguir, confira os critérios de seleção e ponderação dos fundos do IFIX:
Critério de seleção de fundos
Para o FII participar da carteira teórica, alguns requisitos são exigidos durante o período de avaliação dos fundos pela B3. Esses requisitos são:
- presença de negociação em pelo menos 60% dos pregões, durante o período de vigência das 3 últimas carteiras do IFIX. Isto é, durante os 12 meses anteriores;
- cota no valor de, pelo menos, 1 real. Ou seja, o fundo não pode ser considerado “penny stock”;
- ser elegível entre os fundos que representam 99% do somatório de índice de negociabilidade do indicador durante as 3 últimas carteiras.
Critério de ponderação
O IFIX também considera o “peso” de um fundo em relação ao próprio índice. Para isso, é calculado o valor de mercado do FII. Quanto maior for seu valor de mercado, mais relevância ele tem para o indicador.
Porém, as regras do IFIX determinam que um fundo não pode ter ponderação superior a 20% do índice. O benefício desse cálculo para o investidor é saber qual fundo é mais valioso no índice sem que isso camufle os números do mercado como um todo.
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Qual é a composição do IFIX?
Como você viu, a cada 4 meses o IFIX passa por uma reavaliação em que os critérios são considerados outra vez. Isso torna a carteira dinâmica, com fundos entrando e saindo quando acontecem mudanças relevantes no mercado.
Vimos também que um dos critérios de elegibilidade para o IFIX é estar entre os 99% mais negociados. Desse modo, a maioria dos fundos imobiliários negociados no Brasil pertence ao IFIX. Caso você queira acompanhar a composição atualizada do índice, basta acessar o site da B3.
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Por que o IFIX é importante?
Por se tratar do principal indicador do mercado de fundos de investimentos imobiliários, o IFIX é importante porque fornece os dados de maior relevância para o setor. Assim, quem tem interesse por esse mercado pode saber rapidamente como ele está se comportando.
Além disso, vale a pena considerar o fato de que muitos investidores também baseiam suas decisões de investimento no desempenho do índice. Isso significa que sua influência é capaz de refletir e ao mesmo tempo direcionar o comportamento do mercado de FIIs.
Uma evidência disso está no fato de que o IFIX é o benchmark mais comum dos fundos imobiliários. Ou seja, a maior parte dos gestores de FIIs desenvolvem suas estratégias em comparação com o índice. Assim, é possível buscar superar a média, por exemplo.
Como se expor ao IFIX?
O IFIX é uma carteira teórica. Logo, não representa um investimento no qual se possa aportar. Mas há duas maneiras de expor seus investimentos à variação do IFIX: por meio de fundos de índice ou comprando individualmente cotas dos fundos listados na carteira teórica.
O primeiro meio é menos prático, mas pode ter a vantagem de redução de taxas, por não pagar a taxa de administração do fundo de índice. Contudo, a estratégia requer maior volume de investimento e, portanto, envolve maiores aportes. Além disso, pode haver custos de corretagem mais altos.
A vantagem de optar por um fundo de índice (ou ETF), como o XFIX11, é a praticidade. Afinal, investir em cada fundo do IFIX por conta própria seria burocrático e mais custoso. O XFIX11, por exemplo, é um fundo que tem como objetivo replicar a carteira teórica do IFIX em investimentos reais.
Os ETFs são geridos por uma instituição qualificada. E costumam apresentar menores taxas de administração, pois seu modo de gestão é passiva — não tem o objetivo de superar o indicador. Desse modo, comprando cotas de um ETF vinculado ao IFIX, você tem exposição indireta ao indicador.
Além disso, o fundo de índice oferece a vantagem de menor aporte inicial. Afinal, o investidor pode comprar quantas cotas desejar, aumentando a acessibilidade a pequenos investidores. Seja qual for a decisão, a melhor opção de investimento para o seu caso depende do seu planejamento financeiro e perfil de investidor (conservador, moderado ou agressivo).
Neste conteúdo, você aprendeu o que é o IFIX e como é possível investir considerando suas médias. Mas lembre-se de que FIIs têm fatores de risco que devem ser considerados antes de passar a compor sua carteira. Então faça uma boa avaliação ao investir.
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