Família, poder, saúde, força, conhecimento, autonomia, riqueza, amizade, trabalho, amor, paz, prestígio. Dessas palavras, escolha apenas três que mais lhe representa. Agora, verifique se o seu dinheiro está sendo destinado aos valores e propósitos que te movem. Surpreso?
Com frequência propósitos e despesas caminham em direções opostas. Pense no que você deixou de fazer e queria ter feito se tivesse mais dinheiro.
Você provavelmente conhece alguém que, mesmo depois de aposentado, precisou continuar trabalhando para manter o padrão de vida. Ou que, na falta de uma estratégia mais acertada, acabou deixando o dinheiro na poupança a vida toda, rendendo menos do que poderia.
Nesse sentido, para alcançar a longevidade financeira é preciso ter planejamento. Vivenciamos um tempo ao mesmo tempo volátil, incerto, complexo e ambíguo.
Volátil porque o mundo, segundo o filósofo Zygmunt Bauman, está cada vez mais líquido e inconstante, ou seja, as decisões mudam rapidamente.
Podemos dizer que é incerto devido ao alto volume de informações permeadas pelas fake news. Ao mesmo tempo em que se compartilha dados por todos os lados, nos sentimos perdidos no oceano de números e opiniões.
Também é complexo, pois muitas são as variáveis que influenciam as nossas escolhas.
Por fim, é ambíguo. O ambiente de possibilidades é infinito. Isso produz, muitas vezes, a sensação de inércia e frustração. Entender a natureza do problema passou a ser uma competência e habilidade de poucos.
Agora, pense nas três palavras escolhidas no início do texto como as mais importantes para você e avalie se está canalizando o dinheiro corretamente. O que está sendo feito com o dinheiro importa tanto quanto o valor em si.
A verdade é que há muitas pessoas que, seja por falta de planejamento ou de pensamento de longo prazo, deixam de se preparar para esse momento tão importante em suas vidas.
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Daí a necessidade de planejar-se, objetivando a longevidade financeira. O momento pandêmico de 2020-21 fez muitas pessoas despertarem sobre a sua forma de vida, seus reais valores e propósitos. É justamente nesse ponto que o mundo permite gerar a reflexão e colocar na pauta do dia a seguinte pergunta: “E se acontecesse comigo?”
Especialistas calculam que uma aplicação em um plano de previdência que rende 1% a mais no ano pode se tornar 26% maior em 25 anos. Em uma simulação de aporte de R$ 100 mil, por exemplo, em uma previdência A, cuja rentabilidade seja de 5% ao ano, ao fim de 25 anos seu retorno seria de R$ 314.772,00. Já em uma previdência B que renda 6% ao ano, no final desse mesmo período o retorno seria de R$ 396.262,00. Ou seja, uma diferença em que o rendimento representaria R$ 81.496,00.
Faça um levantamento de seus recursos, pois talvez estejam sendo destinados aos prazerosos itens de consumo, comprando presentes que nos damos porque merecemos, e os valores e propósitos de vida, muitas vezes, ficam esquecidos.
Não se pode perder as oportunidades de usufruir uma verdadeira liberdade financeira quando estamos mais velhos. Essa liberdade, pode ser mensurada no alinhamento entre planejamento e os propósitos que te movem. Dessa forma os valores escolhidos se consolidam e a longevidade financeira torna-se uma meta atingível.
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